sábado, 17 de julho de 2010

Guerra e Paz


Encontro-me na metade do vol. II do Livro Guerra e Paz de Leon Tolstói. Na minha humilde opinião, acho que cada personagem do livro reflete um pouco a minha personalidade: sou um pouco Bóris, um pouco André, um pouco Denisov e, para o meu desgosto, um pouco Pedro. 
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Pedro é o filho bastardo de um velho príncipe, tendo herdado toda a herança do pai. Uma pessoa insegura, manipulável e apreciadora dos aspectos banais da vida. Entabulou um casamento caótico porque sentiu que não poderia dele se esquivar. Após uma separação de fato e várias crises, iniciou uma busca intensa por algo verdadeiro, ingressando para a franco-maçonaria.
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Mas, quanto mais tempo passava na instituição, mais desacreditava no interesse dos seus membros em atingirem os ideais supremos tão debatidos.
Cito um trecho:
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“Apesar do entusiasmo que punha no desempenho de suas múltiplas ocupações, Pedro começou a compreender, um ano decorrido, que o terreno da fraco-maçonaria  se tornara menos firme quanto mais firmemente nele se apoiava. E ao mesmo tempo sentia que, quanto mais aquele solo movediço lhe faltava debaixo dos pés, mais difícil era libertar-se dele. Ao entrar para a franco-maçonaria tivera a impressão de pousar o pé confiante na superfície lisa de um pântano. E mal o pousara logo se sentia afundar. Para melhor experimentar a solidez do terreno, avançava o outro pé e enterrava-se ainda mais, atolara-se, e agora patinhava, mergulhando até os joelhos na lama do pântano”. (p. 532).
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Pois é...acho que nesse aspecto (e em outros também) me assemelho a Pedro: Já procurei salvação (não estou me referindo ao sentido religioso do termo) e, mesmo tomada por muita vontade, me vi até os joelhos num solo movediço, o qual imaginava tratar-se de terreno firme. E isso acontece freqüentemente na minha vida...
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O que eu deveria fazer?

Um comentário:

  1. Gostei do post :)
    Pelo que vc comentou, este livro me lembra Dostoiévski, parece interessante!
    =*s

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