terça-feira, 13 de julho de 2010

Voz do Brasil

Ontem, enquanto viajava para Criciúma, após visitar meu namorado em SP (que brevemente estará retornando) e, em virtude da falta de opção momentânea, deparei-me com o seguinte dilema: ou escutava a "voz do Brasil" ou escutava o infindável "blablabla" da pessoa sentada ao meu lado. Optei pelo programa de rádio.

Não vou dizer que eu acho a "voz do Brasil" uma atração chata, mas deveria ser intercalada com intervalos musicais. Acho que facilitaria bastante e seria mais fácil digerir tanta informação.

Bom...mas deixando isso de lado, acabei escutando uma informação que chamou minha atenção: Um Deputado Federal (peço desculpas, mas não lembro o nome) havia conversado com alguns autores de telenovelas visando estimulá-los a incluírem nos roteiros heróis e heroínas estudiosos, para, quem sabe, estimular a população a agir de forma semelhante.

Os autores, todavia, afirmaram que não se utilizam destes personagens porque a população em geral se identifica mais com ricos e famosos do que com os estudiosos.

Não estou aqui para proferir discursos sem fim ou dar puxões de orelhas, apenas repassei uma informação que chamou minha atenção e cada um que a interprete como bem desejar.

No mais, a pedra de toque desse eterno dilema não é efetivamente o “assistir a novela” e, sim, “como você interpreta aquilo que assiste”. Basta ter um bom filtro mental e os dois pés bem fincados no chão ( = cada um deve viver conforme suas condições).

Fica aí a dica.

Agora vem a parte divertida:

Outro dia recebi um e-mail de uma amiga com o seguinte título: “12 coisas que aprendi assistindo a novela Viver a Vida”. Motivada pelo e-mail e aproveitando um “milagroso” momento criativo, acresci 06 lições àquelas anteriormente descritas. Transcrevo algumas aqui.

Lição de fidelidade que aprendi com a Tereza (lindo!!!):

Se você era casada há 30 anos com um “tiozão” que só te colocou chifres, odiava o fato de você trabalhar; tem um grupo infindável de filhos nascidos e a nascer e está - devagar e sempre - caminhando em direção à bancarrota, não desista dele! O amor é o que importa!!!. Mesmo que um francês cheio de boa disposição, cavalheirismo, presentes, viagens e elogios, apareça na sua vida, corra enlouquecidamente na direção contrária, atrás do seu ex-marido machista e arrogante. E enalteça para as suas amigas o quanto você é amada por ele, pois o amor é lindo e é ótimo ser uma grande sofredora, uma mulher forte e guerreira!

Por fim, faça distinção explícita entre seus filhos (preferidos e detestados) e utilize força bruta caso os detestados venham a reclamar, afinal, você não gosta deles mesmo...

Lição de desprendimento que aprendi com a Edite:

Não reclame se os seus filhos forem morar no “morro” acompanhados de pessoa envolvida com brigas de gangue, afinal, este indivíduo é boa gente. Tiroteio e bala perdida são mera invenção da mídia. Se por ventura ele anda armado, é para garantir a segurança e o bem estar dos seus filhos. Incentive, inclusive, que o seu neto (um bebê recém-nascido) resida nas favelas do Rio de Janeiro. Se até o Michael Jackson foi, por que ele não iria? O importante é seguir o coração e o amor sempre vence!

Por fim, reze, reze muito (muito mesmo!!!). Passe o dia inteiro rezando! Atitudes são inúteis, o importante é orar! Por que resolver um problema se você pode rezar para que ele se resolva sozinho???

Lição que aprendi com o elenco jovem:

Faculdade é o local destinado exclusivamente a fofocas entre amigas, destilação de veneno e desfile de modelitos novos. Estudar pra quê??? Somos todos ricos mesmo!

Esses últimos eu retiro do e-mail:

Lição que aprendi com a Renata:

Você pode ser modelo sendo feia, tendo um corpo feio, cabelo feio, sendo alcoólatra, não sendo fotogênica, não correndo atrás de trabalho e não dando valor para a sua vida.

… como brinde, você ainda pode pegar o cara mais bonito de todos os tempos.

Lição que aprendi com Isabel:

Se você é uma pessoa normal, que não vê a vida cor-de-rosa, enxerga defeito nas coisas e tenta abrir os olhos dos outros, você é má.

Lição que aprendi com Dora:

Se você faz sexo sem camisinha com dois desconhecidos e engravida, você tem todo o direito de culpar o mais rico como o dono da obra sem nem ao menos fazer um teste de DNA antes. Ah, claro, e não precisa se preocupar com doenças, imagina, elas não existem!

Lição que aprendi com a Betina:

Não adianta ser a cara da Leticia Spiller, ser gostosona, ser uma ótima dona-de-casa-mãe-mulher-esposa-auto-suficiente-e-se-cuidar.

O seu marido vai dar em cima de um monte de mulher mais feia e chata do que você… … e você vai perdoar! Porque se você não perdoar, você não é normal.


Conforme havia escrito, não se pode levar ao pé da letra tudo o que a novela mostra, é imprescindível a formação de um "filtro mental".


Até a próxima ;)

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