Ouve-se que vivemos num
país liberal. O BraZil certamente o é. O BraSil, não.
Aos olhos dos
estrangeiros (inclusive de alguns brasileiros) nosso país é liberal
em decorrência da facilidade de acesso ao turismo sexual infantil,
principalmente no passado. Convenhamos que se trata de uma lamentável
má interpretação do termo “liberal”.
Liberal por causa do
Carvanal e de um suposto acesso facilitado ao sexo oposto. Contudo,
considerável fatia dos brasileiros classifica o feriado como
promíscuo (mesmo que porventura participe das festividades).
Talvez muitos creditem o
título de “liberal” pelas usuais e diminutas roupas das moças.
Ainda assim, estas vestes são argumentos sociais (e muitas vezes até
legais) para justificar um caso de estupro (geraram até
comoção/revolta em uma faculdade graças a uma aluna e seu
vestidinho rosa, não foi?).
Liberal por uma suposta
conduta sexual ousada? Olha, quem sabe no campo masculino (por baixo
dos panos). O feminino, entretanto, deixa a desejar, notadamente
pelos ataques pejorativos (vagabunda, puta e afins).
Quem sabe “liberal”
pelo consumo excessivo de álcool ou pela suposta larga utilização
de drogas? Nem chegamos perto de uma Irlanda e o consumo de drogas é
ato ilícito.
Além do mais, cidadãos
transgressores não transformam o país num Estado liberal (apesar da
necessidade de transgressão em alguns momentos).
Precisamos nos habituar:
Vivemos num país conservador.
Fora os casos acima
citados, eis outras provas:
1) Há larga
implicância contra a retirada de crucifixos dos átrios do poder
púbico (quer maior prova de conservadorismo?); 2) O aborto é
proibido, inclusive para os descrentes (com exceção das hipóteses
legais e lembrando da eterna polêmica dos anencéfalos); 3)
Forte apelo religioso na política; 4) Freqüentes vitórias
eleitorais de coronéis do passado e de seus descendentes; 5) larga
utilização de mulheres como objeto sexual em programas de tv ... e
por aí vai...
Sempre classifiquei o
Brasil como um país de extremos: Num lado uma ala absolutamente
conservadora e noutro uma fortemente "transgressora", dita liberal.
Quem fica no meio sofre. E o pior: Normalmente os dois lados
misturam-se (muitos indivíduos são "liberais" consigo e conservadores
com os outros ou vice-versa). Confusão! Os telespectadores de
reality show que o digam! (desculpem o exemplo bobo, mas é
visceral, não é?)
Esse artigo trata a
respeito do assunto. Muito interessante. Ainda assim, nem sempre a
educação superior proporciona mentes abertas.
http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=532
E aí, vocês são conservadores ou liberais?
Muito interessante. Acho que as redes sociais estão mostrando a verdadeira face dos brasileiros: conservadores e extremistas disfarçados de liberais, que ao mesmo tempo desejam libertação das convenções sociais, enquanto julgam os outros antes mesmo de uma análise profunda dos fatos.
ResponderExcluirGostei me ajudou muito a concluir Minha REDAÇAÕ e É Super Interessante!
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